Para os carnívoros de plantão, nada melhor do que um bom
churrasco não é verdade?
Escutamos varias informações todos os dias sobre a
melhor maneira para se preparar a carne nossa do dia a dia, estudiosos que
afirmam que devemos dar preferência à carne preparada de forma cozida ou
grelhada, evitando sempre que possível às frituras, os embutidos e enlatados.
Creio que a grande parte da população já pensou nisso pelo menos uma vez na
vida, e mesmo que não tenham aderido a essa dieta mais saudável, sabem os
riscos que o contrario pode fazer em longo prazo.
Com tantas recomendações certamente estamos esquecendo algo
essencial, o “BEM ESTAR ANIMAL”. Sim, hoje até a ciência já aceita a ideia de
que os animais (assim como os humanos) têm sentimentos, e prova isso em vários
experimentos. Estudos comprovam que todos os vertebrados (do peixinho de
aquário e o sapo até as baleias e macacos) têm a capacidade de compartilhar
sentimentos como a dor, alegria, medo, angústia e até mesmo o stress animal é
bem debatido na atualidade.
Mas você pode estar se perguntando: O que tem a ver os
sentimentos dos animais com a qualidade da carne que levo a mesa? A resposta para
essa pergunta pode surpreender você!
No processo de abate
dos animais já existe o conceito de “Abate Humanizado”, que são técnicas usadas
para que o animal não tenha muito stress na hora da morte, já que com isso o PH
da carne se mantém alto e a carne fica escura, dura e seca.
Porém esse debate vai muito além da ideia de conceder ao
animal uma morte “humanizada”, pois a vida desse animal também vai influenciar
na qualidade de sua carne após o abate. Os frangos produzidos em larga escala,
por exemplo, nascem e crescem em gaiolas que de tão pequenas mal podem abrir
suas asas, com luz artificial 24h por dia que os incentiva há comer o tempo
todo, basicamente os animais criados nesse método industrial só tem duas coisas
para fazer durante sua vida, comer e raramente dormir. Mas quando aceitamos o
conceito de bem estar animal, devemos observar que para isso acontecer é
preciso que alguns valores sejam preservados. Pensando nisso no ano de 1993
teve origem um conjunto de conceitos que são usados para avaliar o bem-estar
dos animais, que foram denominados de “AS CINCO LIBERDADES”, e são elas:
- Livre de fome e de sede;
- Livre de desconforto;
- Livre de dor, lesões e doenças;
- Livre de medo e estresse;
- Livre para expressar o seu comportamento natural.
Olhe essas imagens abaixo e responda: Você acha que esses
conceitos estão sendo respeitados em qual método de criação? Nas fotos
superiores ou inferiores?
Certamente os animais que têm um método de criação que
respeitem o conceito das CINCO LIBERDADES, vão produzir uma carne mais saborosa
e mais saudável. Tentar mudar o curso natural da vida na terra já resultou para
o homem o surgimento problemas como o MAL A VACA LOUCA, que teve sua origem a
partir do momento que foi ofertado para as vacas uma alimentação proteica, ou
seja, esses bovinos que tiveram em sua evolução um sistema digestivo criado
para digerir vegetais tiveram que se acostumar subitamente com uma dieta rica
em proteína animal resultando nesse mal que assombrou o mundo.
As vantagens de criar os animais respeitando seus direitos
básicos já são reconhecidas em vários países, pois seus consumidores exigiram
que isso acontecesse. A chamada carne feliz teve origem quando algumas pessoas
perceberam que os animais criados respeitando seus instintos como, por exemplo,
ciscar para as galinhas ou correr para os bovinos, resultava em uma carne mais
saborosa e de melhor valor comercial.
Qual sua opinião sobre esse assunto?
Deixe-nos um comentário
e responda a enquete no blog: Você acha que os animais, assim como o homem, têm
sentimentos?
Fonte das imagens: Google.
Israel Marinho da Gama
Nutricionista (CRN-5 n° 4662/P)